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CHATO, BESTA E PASPALHO

Yakuza: Like a Dragon é um JRPG sobre um ex yakuza chamado Ichiban que é levado para a cadeia por um crime que ele não cometeu apenas para "honrar" o nome de seu clã, após 17 anos na cadeia Ichiban descobre que muitas coisas mudaram e que não reconhece mais a Yakuza de hoje em dia, como se ninguém fosse honrável mais, sabendo disso ele embarca numa missão com amigos feitos no caminho para resolver as injustiças desse mundo.
Apesar de eu gostar de histórias de vingança, gangues e afins, posso dizer que Yakuza: Like a Dragon simplesmente não se compromete em momento algum com uma história envolvente e que tenha senso com os assuntos abordados, as soluções para os problemas são bestas, os inimigos são muito idiotas e quando enfim a seriedade vem �  tona, é quebrada por um homem de fralda, alguém pelado ou qualquer situação idiota. O mundo aberto é entediante e mesmo quando se quer rushar a história você é obrigado a ficar "zanzando" pelo mapa para evitar os trocentos inimigos que você é obrigado a batalhar por diversas e diversas vezes.

Particularmente, não gostei de Yakuza: Like a Dragon e definitivamente não recomendo, no entanto, se você é fã de humor escrachado, jogo por turno e tá acostumado, exclusivamente, com o humor japonês, te recomendo a tentar dar uma chance para esse jogo, ao que parece muita gente gosta dele, mas não foi para mim por enquanto.

Disco Elysium é um RPG de mesa, daqueles que envolvem probabilidades em dados, atributos e consequências em suas escolhas, onde você é um detetive que trabalha em um caso de assassinato e ao mesmo tempo tenta resolver outro mistério, a sua inexplicável crise de identidade oriunda de um coma alcóolico. Um detetive poderia trabalhar em um caso minuciosamente calculado sem ao menos saber quem é si mesmo? Esse é um levantamento que o jogo faz a todo momento e resolver os dois lados resulta em duas vezes mais reviravoltas.
Disco Elysium é simplesmente um dos jogos para pc com a maior pontuação no Metacritic, sendo reconhecido como um "must play" (deve-se jogar) para qualquer jogador. Conta com uma arte SENSACIONAL que chama atenção, protagonista com propósitos reais, história intrigante, dublagem muito bem selecionada e, pra mim, só peca na questão da soundtrack que é pouco aproveitada.

Jogo muito bonitinho com uma pixel art maravilhosa, é muito difícil então recomendo mais pra quem gosta de jogos desafiadores e pra quem tem uma paciência considerável já que você terá que aprender a jogar de acordo com o padrão de cada boss que sempre varia. Titan Souls já ficou de graça e muitas vezes fica por preço de banana na quitanda, se achar que a preço cheio é injusto apenas espere um pouco e pegue ele quase de graça, não vai se arrepender.

The Witcher 2 é só o básico, sabe? Nem muito bom pra não ofuscar o terceiro jogo e nem muito ruim pra ficar sendo comparado com o primeiro. É o tal do feio arrumado, que chama a atenção mas que não envelheceu tão bem. Uma análise rápida de The Witcher 2 comparada a outros jogos da trilogia:

Prós:
- História mais interessante que a de The Witcher 3 (obviamente, minha opinião)
- É graficamente muito bonito mesmo para a época
- Tem mods muito bons para corrigir alguns problemas
- Seu save pode ser utilizado em The Witcher 3 mudando, assim, parte da história
- Personagens novos muito interessantes que são apresentados

Contras:
- É uma continuação diretíssima do primeiro jogo, se não jogar na ordem pode ficar perdido.
- Mecânica do combate é travada, pode melhorar com alguns mods mas mesmo assim você sente que falta algo.
- Senti que a versão de Xbox 360 tem as cores mais vívidas, no pc é meio morto, passa uma vibe mais "mistério" e por mais que pareça algo besta não consegui deixar a versão de pc igual a de xbox =(
- Otimização com certeza não é seu forte, pc chorou pra rodar no Ultra
- Bugs, simplesmente toda a interface do menu some do nada e a única forma de continuar o jogo é fechando
- Não tem um meio de locomoção fácil, você tem que ficar andando a pé pra lá e pra cá
- As missões não tem indicativo de onde prosseguir, se você dormiu no meio do dialógo vai apanhar pra achar onde termina a missão e isso se achar.

No mais, The Witcher 2 é um jogo da franquia que tem seus problemas, é uma pena, pois eu realmente quis entender sua história, foi ficando cansativo até o ponto de não dar mais. Você pode tentar, me parece ser um bom jogo, mas não é pra mim.

Pra você procurando motivos para comprar Golf Around, pense o seguinte: Produto barato, qualidade barata. Não espere muito de um jogo de 2 reais. É legal? Nem tanto, dá pra passar um tempo e até entre amigos vira entediante. Ainda assim, é um jogo de golfe que oferece o que propõe do jeito que pode, não há motivos para análises negativas

Just Cause 3 é indispensável para quem gosta e acompanha o estilo de jogo do GTA 5, aquele mundo aberto frenético e super destrutivo com milhares de coisas para se fazer onde a sua criatividade é o limite. Just Cause se passa na Ilha de Medici que está sendo controlada pelo ditador Di Ravello e que precisará da ajuda de Rico Rodriguéz para se juntar a revolução e acabar com a ditadura destruindo postos avançados e outras áreas de força, legal ver também como a imprensa a favor da ditadura tenta omitir que o Estado está sendo derrubado de formas hilárias que funcionam muito bem como uma sátira �  países que ainda usam essa forma de governo sem sentido e prejudicial para a população como um todo. Não tive problemas algum com o jogo além do vício e recomendo a compra junto das dlc's que deixam o jogo ainda mais caótico como deveria ser.

OBS: Acabei perdendo todo meu save depois de formatar o pc, me desanimou a voltar a jogar do zero mas não acho justo deixar a análise negativa por isso, Just Cause continua sendo um ótimo jogo que todos deveriam jogar.

Vamos lá, Sherlock Holmes: Crimes and Punishments é SIM um jogo muito bom e divertido, tem um gráfico super aceitável que não causa desconforto algum, mistérios bem feitos onde o jogador decide o que investigar primeiro e, claro, a presença do maior detetive da literatura e da ficção, Sherlock Holmes. O problema concentrado nesse jogo é o fato de estar 100% inglês, e por mais que você entenda boa parte de inglês e consiga jogar, convenhamos que é chato ter que ficar traduzindo um jogo de em média 12h, acaba ficando menos imersivo jogar sem sua língua nativa. Outro grande problema é o seu preço totalmente sem sentido algum, um jogo que paguei 5 reais ano passado hoje está por 100 reais descendo para quase 20 na promoção, um preço que não acho que valha a pena para um jogo de 2014 que já tem sequências melhores, com mecânicas e gráficos atuais e a localização para o idioma português.

Portal é, em minha opinião, o maior acerto da Valve, sendo um jogo já considerado antigo mas ainda assim muito atual provando ser uma obra muito a frente de seu tempo, você não vai jogar Portal se preocupando com gráficos datados e mecânicas ultrapassadas, mas bem pelo contrário, Portal traz um conceito novo envolvendo puzzles muito bem construídos com a implementação de portais que te fazem pensar de verdade para enfim avançar para a próxima câmara.
Sua história é continuação direta do primeiro jogo por mais que não pareça, já que há um avanço no tempo entre o primeiro jogo e o segundo, causando no jogador uma confusão sobre o que aconteceu durante esse intervalo, essas dúvidas são tiradas na revista em quadrinhos de Portal chamada "Lab Rat" ( Rato de Laboratório ) que é interessantíssima com uma arte que dispensa comentários, mas a parte importante da Graphic Novel é que ela conta o que não é citado em momento algum no jogo, a história real pela perspectiva de um cientista que esteve lá acompanhando a todo momento.
Conhecer a Aperture Science pela primeira vez e ir acompanhando sua queda até as ruínas é assustador e intrigante, te fazendo de fato pensar na história e se sentir na personagem em meio aquele cenário destrutivo de inteligências artificiais psicopatas que traem a sua própria espécie e natureza.
Seu coop é divertido e apresenta dois robôs usados para participar de jogos mortais onde a cooperatividade é o sucesso, não apresenta muito da história sendo mais um modo a parte para se divertir com seu parceiro(a).

Minha primeira experiência com Sniper Elite foi no terceiro jogo da franquia há um tempo atrás e mesmo jogando pouco eu tinha boas velhas lembranças do terceiro jogo, lembrando disso decidi comprar o Sniper Elite 4 pra ver se a experiência seria a mesma e se me renderia bons momentos de gameplay, dai pra frente... foi só pra trás...
Sniper Elite 4 conta a história de Karl Fairburne e sua missão contra o avanço do fascismo na Itália, a história tinha tudo pra ser muito interessante com uma caça ao alto escalão fascista, parte disso está certo, o jogo realmente conta com missões stealth em territórios inimigos e é divertido nas primeiras horas mas a inteligência artificial quebrada, missões extremamente repetitivas, camkill entediante e mal uso do "mundo aberto" para melhorar a experiência com o rifle de precisão faz com que o aproveitamento do jogo seja bem pequeno e facilmente esquecível na sua biblioteca.

Hades conta a história de Zagreus, príncipe do submundo, e filho de Hades, Deus do submundo, que decide se arriscar nas camadas do submundo para chegar até a superfície em busca de respostas sobre sua existência e sua família, nesse árduo caminho Zagreus recebe ajuda de Deuses do Monte Olimpo que sentem sua presença e dão parte de suas dádivas para o êxito de sua missão, a história gira em torno unicamente disso, e avança com base em seus fracassos e aprendizados com eles. Durante sua trajetória até o topo, Zagreus conhece outros personagens importantes presos nas camadas do submundo que o ajudarão a entender melhor o propósito de suas aventuras.
A história é o ponto forte do jogo, com reviravoltas e descobertas interessantes que valem muito a pena, a arte desse jogo é incrível, o cenário com a ambientação do jogo e o estilo dos Deuses é super detalhado e a sua dublagem é sensacional se encaixando como uma luva nos personagens deixando a experiência mais imersiva, seria um crime eu fazer uma análise sem sequer citar a perfeição que é a soundtrack dando uma sensação de leveza em diversos cenários.

GOTY merecidíssimo!